quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Exames feitos, olhos postos na faculdade, por Sara R. Oliveira | 2012-08-01




Exames feitos, olhos postos na faculdade
Sara R. Oliveira | 2012-08-01
Descrição: http://www.educare.pt/educare/images/transparent.gif
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Resultados da segunda fase dos exames foram hoje conhecidos. Português e Matemática têm médias negativas. Agora é hora de escolher o curso e a universidade. O acesso ao Ensino Superior é tratado online e a papelada tem de ser entregue até ao dia 10 deste mês. 

 Descrição: http://www.educare.pt/educare/images/transparent.gifPrimeira fase terminada, notas cá fora. Médias que sobem, médias que descem. Segunda fase à vista, mais testes para concluir disciplinas ou tentar subir notas. Esta quarta-feira, os resultados da segunda, e última, etapa dos exames nacionais foram afixados nas escolas. Agora é tempo de fazer contas à vida para tentar entrar no Ensino Superior. Os alunos que terminaram o Secundário podem escolher seis licenciaturas por ordem de preferência. O processo é tratado via internet e a candidatura tem de estar fechada até ao dia 10 deste mês. O preenchimento das vagas dos cursos das universidades é divulgado a 10 de setembro. Depois há uma segunda e ainda uma terceira fase para tentar entrar na faculdade. Este é um momento importante no percurso de quem tem de escolher no seu futuro.

No início do 12.º ano, Rui Almeida, de 18 anos, decidiu que queria seguir Ciências Biomédicas. A mãe deu-lhe imensa força nessa opção. "Descobri o curso que achei bastante interessante", recorda. Para trás ficou Biologia, que andava debaixo de olho desde o 10.º ano. Rui é bom aluno e inscreveu-se na segunda fase dos exames para tentar subir notas. "Desci a Biologia e subi a Matemática", revela depois de ter consultado a pauta. Ficou com 18 a Biologia e 15 a Matemática na segunda fase. Na primeira, tirou 16 a Português e 15 a Físico-Química. Ficou com 16,4 de média de acesso à universidade.

Ciências Biomédicas na Universidade de Aveiro é a primeira opção. Segue-se o mesmo curso na Universidade da Beira Interior, na Covilhã, e depois Biologia no Porto e em Aveiro. Rui Almeida acredita que entrará, se não for na primeira, na segunda escolha. E a mudança de Biologia para Ciências Biomédicas prende-se também com as saídas profissionais. Está expectante para saber como é a vida universitária, ansioso por entrar num percurso que poderá ser decisivo. "Tenho bastante curiosidade para saber como é aquilo lá dentro", confessa.

Hélder Trindade, de 18 anos, tem tudo resolvido, tudo decidido. Economia está no topo da sua candidatura, primeiro na Universidade do Porto, depois na de Aveiro. Segue-se Gestão. Arrumou os exames na primeira fase e ficou com 12 a Economia, 13 a Matemática e 12 a Português. Tem média de 14,6 para entrar na universidade e quer acreditar que vai entrar. E se isso não acontecer? "É uma boa questão... tentarei subir notas, batalhar mais um bocado", responde.

Hugo Pereira, 18 anos, colocou Gestão em primeiro e segundo lugares e depois Economia. "Isto tem de correr bem", desabafa. Ficou com 14 a Economia; como no ano passado, não conseguiu subir a nota na segunda fase dos exames. Na hora do teste percebeu que não deveria dar para subir a fasquia. "Nessa altura, pensei que devia ter estudado mais no ano passado", confessa. Se a média não for suficiente, Hugo vai trabalhar durante um ano antes de voltar a tentar entrar na faculdade.

As médias totais dos exames nacionais de Português e Matemática da segunda fase são negativas. Da primeira para a segunda fase, a média de Português do 12.º ano subiu de 9,5 para 9,9 valores. Matemática desceu de 8,7 para 8,3. Biologia e Geologia, Física e Química e Filosofia do Secundário também estão nos valores negativos. A média de Biologia e Geologia desceu de 9,3 para 7,5 valores, Físico-Química também desceu de 7,5 para 7,3 e Filosofia de 7,8 para 7,6.

A Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) considera os resultados da segunda fase "normais", até por haver menos alunos a realizarem o teste. A taxa de reprovação na segunda fase foi de 25%, menos um ponto percentual em relação ao ano passado. Segundo Miguel Abreu, presidente da SPM, citado pela Lusa, "as descidas não foram significativas". "Portanto, parecem-me resultados perfeitamente normais, tendo em conta a diferença do universo de alunos entre a primeira e a segunda fase", refere.

Segundo o responsável, estão a ser dados passos importantes na disciplina de Matemática, nomeadamente nas propostas das metas curriculares para o Ensino Básico. "Penso que é um documento que pode contribuir decisivamente para uma melhoria do ensino da Matemática ao nível do Ensino Básico nos próximos anos e isso traduzir-se-á mais à frente por uma melhoria no Ensino Secundário."

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