sábado, 30 de janeiro de 2016

"INTERCUTURALIDADE E MOBILIDADE NO ESPAÇO EUROPEU” - Clube Europeu da EBSPMA, 2016

Por “mobilidade” deve entender-se os grandes movimentos de população (imigração, emigração e migração).
Fonte:  Ministério da Educação (ME), através da Direção-Geral da Educação (DGE), abre o Concurso dos Clubes Europeus relativo, em janeiro de 2016

Dezembro, 2016/12

INTERNACIONAL

"Todas as crianças de Alepo estão a sofrer. Todas estão traumatizadas"

O alerta é do chefe do escritório da UNICEF em Alepo.


"Todas as crianças de Alepo 

estão a sofrer.  Todas estão

 traumatizadas". 

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Fonte: Diário de Notícias, 2016/12/09



O nosso país recebeu até agora 720 migrantes recolocados da
Grécia (459) e de Itália (261), num total de 8162 pessoas já
 distribuídas pela União Europeia. 

Comissão Europeia deu instruções aos países para acelerar
 o processo Portugal já recebeu 720 refugiados ao abrigo do
 programa  europeu de recolocação e vai acolher pelo menos
 mais cem  até final do ano, informação adiantada ao DN
 pela presidente  do Conselho Português para os Refugiados. 

O nosso país já  está  no top 4 dos Estados europeus que no
 último ano mais  receberam  migrantes que estavam em 
campos na Grécia e em Itália - na prática,  no final de 2016, 
quase um em cada  dez desses refugiados terão  vindo para 
Portugal - mas  Teresa Tito de Morais alerta que é preciso
 acelerar o ritmo de entradas no próximo ano.

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Setembro 2016, dia 24




Setembro de 2016, dia 3:

"Nós, portugueses de leste"

  |  ORLANDO ALMEIDA / GLOBAL IMAGENS/DN, 2016/09/03


sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Refugiados enfrentam um frio de morte na travessia dos Balcãs, por SOFIA LORENA 08/01/2016 - Público

Refugiados enfrentam um frio de morte na travessia dos Balcãs

Muitas pessoas com gripe e doenças respiratórias não continuam o tratamento nem chegam a ir aos hospitais por medo que as fronteiras que querem atravessar sejam encerradas de repente.
Médicos que trabalham em campos que ajudam os refugiados de passagem pela região dos Balcãs vêem cada vez mais casos de pessoas doentes à medida que as temperaturas descem e chegam agora aos 11 graus negativos nalgumas zonas.
“A semana passada, quando o frio era menor, estávamos a assistir 50 a 60 pessoas por dia”, disse à BBC Sanja Djurica, chefe de uma equipa da organização não governamental International Medical Corps (IMC), que gere uma clínica improvisada na pequena cidade de Sid, no Norte da Sérvia. “Esta semana, com as temperaturas a caírem, chegámos às 100 pessoas por dia.”
A maioria “sofre de doenças respiratórias provocadas pelo frio”, afirma a sérvia Djurica. Tanto a IMC como os Médicos Sem Fronteiras dizem os refugiados que passam pelos seus membros já têm pelo menos gripe, mas muitos têm bronquites.
Um dos receios dos membros das ONG a operar na região é que a maioria destes refugiados não espera pelo tratamento adequado, optando por continuar a sua viagem, com medo que as fronteiras que querem tentar atravessar possam ser encerradas. É o mesmo que contam associações de voluntários em Atenas, por exemplo, onde a maioria dos refugiados que chegam das ilhas correm para os autocarros que os levarão à fronteira sem sequer passar pelos centros que as ONG improvisaram para lhes dar comida e roupa quente.
Nos principais pontos de passagem na fronteira sérvia com a Macedónia, a sul, e na fronteira com a Croácia, a Norte, há associações a oferecer assistência médica, alimentos e roupas.
“Algumas pessoas recusam continuar a receber assistência médica depois de as termos visto”, contou à BBC Tuna Turkman, dos Médicos Sem Fronteiras na Sérvia. “Mesmo quando lhes dizemos que têm de ir ao hospital a maioria não vai. Só querem continuar a viagem para o caso de as fronteiras serem fechadas de repente e eles ficarem encurralados.”
A infecção de Mohammad
A jornalista da BBC Tulip Mazumdar conheceu a família Al-Maari, que fugiu da Síria há três semanas e ainda não parou de atravessar países a tentar chegar à Alemanha. A família incluiu quatro crianças, a mais nova com dois anos, e Mohammad, de sete, que tem febre e uma infecção pulmonar. O pai das crianças já está na Alemanha, à espera do resto da família.
“Estamos numa viagem de morte”, diz o tio de Mohammad, Iyad al-Maari, na conversa com Mazumdar, num dia de neve no Norte da Sérvia. “Nós aguentamos. Mas estou preocupado com as crianças, com o frio, as doenças, a fome.” Para já, não se pensa que a infecção de Mohammad seja grave.
“Nós não queríamos nada disto... só queremos que a guerra na Síria acabe”, disse à jornalista a mãe de Mohammad, Malak, entre lágrimas.
A ONG portuguesa Coragem Disponível acaba de regressar de uma missão em Atenas. No porto onde todos os dias desembarcam 3000 refugiados vindos das ilhas há autocarros à espera para os levar à fronteira com a Macedónia. “Ali ao lado está um centro montado por ONG com comida e ajuda, mas a maioria nem sequer se apercebe disso”, contou ao PÚBLICO Nour Machlah, que veio para Portugal há quase dois anos como bolseiro da Plataforma Global de Assistência Académica a Estudantes Sírios, criada pelo ex-Presidente Jorge Sampaio.
“Mesmo depois de lhes dizermos, eram poucos os que entravam no centro, com medo de perder o lugar no autocarro”, diz Nour. A missão que este jovem integrou distribuiu agasalhos a dezenas de refugiados que foram barrados na Macedónia – onde desde Novembro só passam sírios, iraquianos e afegãos e é negada a entrada a todos os que não tenham documentos que provem a sua origem. Estas pessoas foram deslocadas pela polícia da fronteira para Atenas e muitas juntam-se agora para dormir na Praça Victoria de Atenas, onde sabem que outros como eles estão e que algumas ONG passarão a distribuir comida.
A ONG portuguesa chegou a distribuir comida a cem pessoas na Praça Victoria em menos de dez minutos e vestiu da cabeça aos pés crianças sírias, afegãs ou paquistanesas em dias de 7 graus negativos.
Caminhadas de 7 quilómetros
Uma associação malaia (United Sikhs Malaysian Aid Organization), que reúne vários grupos de ajuda, passou as últimas semanas na fronteira da Macedónia com a Sérvia a distribuir refeições quentes aos refugiados.
“Eles chegam de comboio, houve dias de 13 graus negativos no fim do ano, e depois têm de caminhar entre 4 e 7 quilómetros até ao campo que os acolhe na Sérvia. Normalmente, não temos mais de 45 minutos para os alimentar”, descreveu ao jornal malaio The Sun Daily Rishiwant Singh Randhawa, director do Banco Alimentar da Malásia.
O frio é um problema que os refugiados enfrentam na Europa mas que os mais de quatro milhões de sírios que fugiram do seu país conhecem há anos nos campos improvisados do Líbano ou nas ruas e construções inacabadas que ocupam em muitas cidades da Jordânia ou da Turquia.
Com um conflito que já dura há quase cinco anos, todos os Invernos tem havidos notícias de mortes e este não será certamente diferente. Em Fevereiro do ano passado, uma patrulha da guarda costeira italiana resgatou 105 pessoas de um barco insuflável à deriva entre ondas de oito metros e temperaturas negativas: pelo menos 29 morreram de hipotermia já nas lanchas a caminho da ilha de Lampedusa, numa viagem que demorou 18 horas.
À Europa, sem contar com o milhão de refugiados que Alemanha decidiu acolher, chegaram de forma irregular ao longo de 2015 um milhão e meio de pessoas, a esmagadora maioria, segundo a ONU, em fuga de conflitos e com condições para requerer asilo.  

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

O MISTÉRIO DAS NOIVAS DESAPARECIDAS NA CHINA (The mystery of China’s missing brides, by Charles Clover)

They were brought in to redress the shortage of women caused by the one-child policy. But then a whole village of mail-order brides vanished.

A cardboard box of Afang's personal items©Jiehao Su

A cardboard box of personal items was all that Afang, Li Yongshuai’s wife, left behind
Inside the cardboard box there is an orange hair tie, a packet of Q-tips, lipstick, other cosmetics and a deck of playing cards: all of these items were left behind by Afang, Li Yongshuai’s Vietnamese mail-order bride, when she disappeared last year.
Li, a corn farmer from the village of Feixiang in China’s Hebei province, turns each object over in his hand as though it contains some crucial clue and then methodically replaces it. Finally, he produces a photo of Afang. She looks 19 or 20 and is posing with a hand on one hip against a painted backdrop of a beach.
Some shiny material, resembling glitter, is stuck to the glass picture frame near her head. Asked what it is, Li says it was where she painted over her face with nail polish a few days before she left. He now realises she meant to say she was leaving, and that he should not wait for her. He scraped the nail polish off and still keeps the photo.
Afang was one of dozens of Vietnamese migrant brides who married into villages in the region in the past decade. Partly, they helped to plug a gap in the gender balance created over three decades of China’s one-child policy, which led to a surplus of boys in rural villages. The subsequent shortage of women has driven local bride prices through the roof, Li’s mother says, and so men have begun looking elsewhere for cheaper wives.
In her son’s case, they turned to the village matchmaker, an older immigrant from Vietnam who owned a hair salon nearby and had a thriving business matching local men with Vietnamese girls. That was until November 21 last year, when an event occurred that has left this little corner of China reeling. All the Vietnamese brides in the region, including Afang, said they were going to a party — then promptly vanished. Nothing has been heard from them since. The millions of renminbi in bride price money which the girls, their parents and the matchmaker had received were never seen again.
Police claim they have 28 reports of vanished brides from that single episode, though locals say they know of many more. There were four in Feixiang, dozens in surrounding villages, maybe more than 100 in total. Whatever private regrets Li has, it is the money that wounds him the most. “So much money we paid for her. Rmb150,000 [about £15,400]. She was not cheap, and they had promised us a refund if this happened, which we never got,” he says. “That’s not including all the furniture and the smart TV.”
Li Yongshuai at the home he shared with Afang in Feixiang, Hebei province©Jiehao Su
Li Yongshuai at the home he shared with Afang in Feixiang, Hebei province
We are having lunch at his house in Feixiang. Bales of recently harvested corn cobs sprawl across the courtyard of the house, a kerosene heater the only source of warmth in late November. We wear our coats indoors. Feixiang is three hours from Beijing by train but it feels like three decades. The streets outside are unpaved, becoming rivers of mud in the rains. Toilets are outdoors. Li and his family are comparatively well off but the village itself is poor.
His mother stoops over a camp stove boiling water, bringing us platters of steaming mantou buns and cabbage. Guests are treated well in Feixiang: whatever the villagers have they give but life is harsh and they don’t have much. “If you meet a nice girl in Handan [the regional centre, about an hour away], can you introduce us?” his mother asks.
Li, a handsome man with a ready grin from a relatively wealthy family, would normally have no trouble finding a wife. But economics and demographics have intervened. Only a generation ago, China exported black-market mail-order brides to Taiwan and Japan. Now, after two decades of growth, even corn farmers can afford to bring brides in from poorer parts of Asia.
This has become something of a necessity in this part of Hebei for men who want families. Feixiang is desperate for women, a predicament it shares with many parts of rural China. Since 1979, when the government placed strict limits on family size, fearing an environmental calamity if population growth went unchecked, the lack of girl babies has become a serious problem. Violations were punishable by heavy fines, coerced abortions, sterilisation of women, destruction of houses, loss of jobs and the removal of infants from their families.
The lopsided gender balance is mainly a problem in rural China, where preference for boys is strongest and sex selection via sonogram, though banned, was not as strictly regulated as in the city. “All the girls were aborted,” says Li Xinjiang, the father of another local man whose bride ran away. He uses the term zhi, or cured in Chinese. “We couldn’t pay the fines and they used to send people to beat us if we didn’t pay.”
This is not the first time that the unintended consequences of mass social engineering by the Communist party have hit rural China tragically hard. The industrialisation programme known as the Great Leap Forward spawned a famine in the late 1950s that killed 30 million. Today, the results of the one-child policy, combined with pervasive sex selection, are obvious. Starting in the 1990s and 2000s, the number of girls plummeted. China scrapped the one-child policy this October.
Afang’s clothing still hangs in the closets©Jiehao Su
Afang’s clothing still hangs in the closets
According to Chen Wuqing, a specialist in gender studies at the Chinese Academy of Social Sciences in Beijing, men like Li are “just the tip of the wave”. Currently, he says, the ratio of marriage-age men to women nationwide shows no real extremes; 105 men per 100 women is actually remarkably close to the world average. Even the ratio of men to women in the 20-24 age bracket was 109 nationwide in 2013, which is not excessive. But the statistics for younger children are truly disturbing: between 117-118 males per 100 females for all age categories under 14.
That means in five to 10 years the shortage of marriageable women experienced in Feixiang today will be nationwide. By 2020, China will have an estimated 30 million surplus bachelors — called guanggun, or “bare branches”.
 . . . 
All over China, men and women are confronting the increasingly fraught economics of finding a partner. This is not just the result of gender ratios: uneven economic development has opened fissures in Chinese society. While the past two decades have seen millions lifted out of poverty by growth and successful reforms, this has come about largely as the result of massive urbanisation.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

EM DEFESA DA POLÍTICA EUROPEIA DE APOIO A MIGRANTES



Europa pode esperar cinco mil migrantes por dia este inverno


"Haverá um pequeno impacto, mas positivo, no crescimento da União Europeia, como um todo"

ACNUR admite chegada de mais 600 mil pessoas à Europa até fevereiro. Comissão Europeia refere que, até 2017, três milhões de migrantes e refugiados chegarão ao continente.

Migrantes e refugiados vão continuar a chegar a solo europeu durante este inverno a uma razão de cinco mil pessoas por dia, vindas sobretudo através da Turquia, alertou ontem o ACNUR, agência da ONU para os refugiados, liderado por António Guterres. Esta previsão significa que pelo menos 1 milhão de pessoas terá fugido este ano para o continente europeu. No mesmo dia, outras previsões, as da Comissão Europeia, estimaram que, até ao ano de 2017, deverão chegar à Europa três milhões de migrantes e refugiados.

"Precisamos de estar preparados para a possibilidade de até 5 mil pessoas chegarem todos os dias, desde agora, até fevereiro. Se for mesmo esse o caso, estamos a falar de mais de 600 mil refugiados e migrantes a chegar à Europa entre novembro e fevereiro", disse o porta-voz do ACNUR William Spindler, à Reuters TV, numa altura em que 760 mil pessoas já atravessaram o mar Mediterrâneo este ano, chegadas, sobretudo, através da Grécia e de Itália. E vindas sobretudo da Síria, do Afeganistão, do Iraque ou de países de África.

No mesmo dia em que o ACNUR lançou estes números, a Comissão Europeia previu a chegada de 1 milhão de migrantes e refugiados este ano, de 1,5 milhões em 2016 e meio milhão em 2017. O comissário europeu para os Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, sugeriu mesmo que o fluxo de migrantes poderá fazer crescer a economia da União Europeia.

"Haverá um pequeno impacto, mas positivo, no crescimento da União Europeia, como um todo, que fará subir o produto interno bruto de 0,2 para 0,3% em 2017", notou o responsável, em conferência de imprensa, acrescentando que estes dados podem "combater um certo número de ideias feitas" e defender a política da Comissão de apoio a migrantes. Bruxelas notou que a chegada de 3 milhões de pessoas até 2017 significará um aumento da população de 0,4%, tendo em conta que alguns requerentes de asilo não terão direito ao estatuto de refugiado.

Noutro sentido apontaram ontem também as previsões do Banco Europeu de Reconstrução de Desenvolvimento - BERD - que sublinharam a forte pressão que esta crise migratória está a provocar sobre os países da linha da frente ou de trânsito, como a Turquia, a Grécia, a Hungria, a Sérvia, a Croácia ou a Eslovénia. "O fluxo maciço gerou tensão sobre os serviços públicos, sobre as finanças governamentais e os mercados laborais", refere o banco, cujas previsões foram citadas pela AFP.

Na imagem: Polícia turca escolta refugiados para autocarros, tentando impedi-los de irem por mar para
 a ilha grega de Quios, a partir de uma praia da zona costeira de Cesme, na província de Izmir 



sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Celebrem o Dia Europeu das Línguas também connosco!




Por ocasião do DEL, organiza-se em toda a Europa uma série de iniciativas: atividades para e com crianças, programas de rádio e de televisão, aulas de línguas e conferências. As autoridades nacionais e os vários parceiros têm toda a liberdade para organizar atividades. Para coordenar as atividades a nível nacional, os países participantes são convidados pelo Conselho da Europa a nomear “Pessoas de Contacto Nacional” para o DEL.

Por toda a Europa, 800 milhões de Europeus dos 47 estados-membros do Conselho da Europa são encorajados a aprender mais línguas, em qualquer idade, dentro e fora da escola. O Conselho da Europa promove o plurilinguismo em todo o continente, com base na convicção de que a diversidade linguística é uma via para alcançar uma maior compreensão intercultural e um elemento-chave da riqueza do património cultural da Europa.

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